Dada à importância crescente da Tecnologia da Informação nas empresas, torna-se cada vez mais necessário se ter uma Governança de TI eficaz que garanta a criação de valor de TI para os negócios da empresa. Na realidade, a Governança de TI propõe não somente a criação de valor de TI, mas também a sua preservação.
Partindo desta definição e necessidade do mercado atual seja de TI ou corporativo, uma vez que toda a empresa bem estruturada e definida é sustentada pela Tecnologia. Não há gestão eficaz do negócio sem informações em tempo real, sólidas e que tenham valor, para que o corpo diretivo possa ter subsídios para a tomada de decisão.
Atualmente existem vários jargões de TI, como Governança Empresarial, Governança Corporativa e Governança de TI, em todos estes pouco se sabe na sua real essência o objetivo de cada frente ou iniciativa de organização corporativa. Desta forma neste e nós próximos artigos procurarei abordar o assunto Governança de TI em especifico, objetivando a sua definição, os conceitos e como aplica - lá na prática.
Acredito que como eu, muitos de vocês leitores procuram conhecer mais sobre este assunto, mas se deparam sempre com teorias, conceitos mal definidos, ou interpretação errônea das metodologias que suportam a Governança de TI.
Para este primeiro artigo irei explicar “O que é Governança Corporativa?”.
O que é Governança?
Antes de entendermos o que é Governança de TI, devemos tratar da questão mais ampla da governança corporativa nas empresas. A governança corporativa tornou-se um tema dominante nos negócios devido a safra de escândalos corporativos em meados de 2002 – Enron, Worldcom e Tyco, para citar apenas algumas. O interesse na governança coporativa não é novo, mas a gravidade dos impactos financeiros das fraudes executadas pelas empresas já citadas, abalou a confiança dos investidores. A crise de confiança do setor corporativo contribuiu para a pressão descendente nos preços das ações, estimulando assim as empresas a tomarem uma atitude para contornar esta situação.
Uma boa governança corporativa é importante para os investidores profissionais. Grandes instituições atribuem à governança corporativa o mesmo peso que aos indicadores financeiros quando avaliam decisões de investimento. Estudos comprovam que investidores profissionais se dispõem até mesmo a pagar um grande ágio para investir em empresas com altos padrões de governança. Em sua essência a governança corporativa tem como principal objetivo recuperar e garantir a confiabilidade em uma determinada empresa para os seus acionistas. Tarefa esta difícil, pois como na vida real, a confiança uma vez abalada, demora-se para se recuperar a confiabilidade em uma determinada pessoa. Assim também é com as empresas!
Para que haja aderência ao negócio e sua estratégia é citada seis ativos principais. Os elementos essenciais de cada ativo incluem:
- Ativos humanos: pessoas, habilidades, planos de carreira, treinamento, relatório, mentoring, competências etc.
- Ativos financeiros: dinheiro, investimentos, passivo, fluxo de caixa, contas a receber etc.
- Ativos físicos: prédios, fábricas, equipamentos, manutenção, segurança, utilização etc.
- Ativos de PI: Propriedade Intelectual (PI), incluindo o know-how de produtos, serviços e processos devidamente patenteado, registrando ou embutindo nas pessoas e nos sistemas da empresa.
- Ativos de informação e TI: dados digitalizados, informações e conhecimentos sobre clientes, desempenho de processos, finanças, sistemas de informação e assim por diante.
Ativos de relacionamento: relacionamentos dentro da empresa, bem como relacionamentos, marca e reputação junto a clientes, fornecedores, unidades de negócio, órgãos reguladores, concorrentes, revendas autorizadas etc.
A governança destes ativos ocorre por meio de um grande número de mecanismos organizacionais (por exemplo, estruturas, processos, comitês, procedimentos e auditorias). A maturidade na governança desses ativos varia significativamente na maioria das empresas de hoje, com os ativos financeiros e físicos sendo tipicamente os mais bem governados, e os ativos de informação figurando entre os piores.
Controlar e monitorar estes ativos não é tarefa fácil, e necessita de uma forte receptividade da direção de sua empresa. Dentro de todos estes se destaca os “Ativos de informação e TI”, uma vez que as informações disponibilizadas pela tecnologia da informação sustentarão a sua empresa, pois todos os controles, processos, procedimentos e métricas partirão de TI.
É aí que entra a Governança de TI!
Obs: Este texto é de Cícero Lopes
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